Podemos chamá-lo de “O Fenômeno do Ano”, pois uma das suas principais características é “bagunçar” com a atmosfera global. Mas de que forma? Aquecendo o oceano e forçando uma mudança na circulação de ventos global da atmosfera.
Após quatro anos, ele está de volta: o El Niño, caracterizado como sendo o aquecimento das águas do Oceano Pacífico na região equatorial, desde a costa do Peru até a Austrália. O “menino”, junto com a La Niña, será o principal influenciador do clima nos próximos meses. Ele surge devido a uma diferença na pressão atmosférica em Darwin, uma cidade no extremo noroeste da Austrália e Taiti, uma pequena e isolada ilha no Pacífico Sul.
Essa diferença de pressão resulta em uma mudança – enfraquecimento dos ventos alísios, que por sua vez, estando nessa condição, aquecem a superfície do mar. E somando todos esses fatores, o principal efeito para o sul do Brasil, e em específico o Rio Grande do Sul, é chuva acima da média, cenário mostrado já por diversos modelos de clima. Para este ano, a tendência do inverno e primavera é de eventos intensos, muitos deles resultando em estragos algumas vezes.